terça-feira, 16 de dezembro de 2014

Atlas da Exclusão Social é apresentado em Guaianases


Atlas da Exclusão Social é apresentado em Guaianases


      Guaianases fica no extremo leste da cidade de São Paulo e já foi apontado como um dos bairros mais precários, ao lado de Jardim Ângela, Grajaú, Pedreira, Jardim São Luís e Jardim Helena.
     Para lançar o primeiro volume do Atlas da Exclusão Social no Brasil, o organizador do livro, Marcio Pochmann, e a editora Cortez convidaram a filósofa Marilena Chaui para debater os números que a publicação oferece no auditório do CEU Jambeiro. O evento foi organizado pela Cortez, Secretaria de Educação da Prefeitura de São Paulo e Fundação Perseu Abramo.
   Com o auditório com mais de 350 professoras e estudantes, o debate sobre o Atlas da Exclusão, seus números e significados ocupou toda a tarde de segunda-feira, 25 de agosto de 2014.

Alunos e professores lotaram auditório do CEU Jambeiro

     Mas antes dos debates sobre o Atlas, crianças e artistas da comunidade fizeram apresentações de circo, dança, hiphop e violinos entoando o Hino Nacional.
    Marcio Pochmann apresentou a publicação e explicou que mais quatro volumes sairão. A partir das tabelas e gráficos, os livros que virão em seguida irão analisar e aprofundar os estudos sobre o significado dos números.
    Para Pochmann, o "sistema educacional construído no Brasil explica a falta de qualidade no ensino do país. Trata-se de problema ainda gravíssimo no país". Mas para ele, é possível "resolver os problemas mudando prioridades".
   Já Marilena Chaui afirmou que existe uma mudança do foco, o que permite perceber "a variabilidade no inteiror do país com relação à exclusão, que hoje acontece de outra forma e é captada por outra variável". Chaui questionou os motivos da exclusão ser diferenciada nas diferentes regiões do país e comemorou que o "Atlas ofereça um retrato do que se passa no Brasil. Para os meios de comunicação, exclusão é pobreza, ampliando o preconceito e a ideologia da pobreza é criada pelo pensamento conservador, até como forma de atacar programas sociais".
   E para a filósofa, o "Atlas permite trazer de volta a noção dos direitos. O conjunto dos indicadores são vinculados a um conjunto de direitos e não só sociais, mas econômicos, políticos e culturais. Os direitos passaram a ser tratados como serviços, a partir da lógica do mercado. Mas o Atlas é a revelação do que era o país, do que é hoje e o que poderá ser no futuro".


Chaui e Pochmann: debater a exclusão para alcançar direitos sociais


CEU Jambeiro


    A região conta com o CEU Jambeiro, que possui três quadras poliesportivas, dois campos de futebol e três piscinas, além de telecentro e biblioteca. O CEU se transforma em clube e reúne até mil pessoas nos finais de semana mais quentes. O centro oferece ainda uma extensa programação cultural, com filmes, shows de música, teatro e campanhas de saúde voltadas à comunidade.


   No CEU estudam mais de dois mil alunos, da educação infantil até o 9° ano do ensino fundamental (antiga 8° série). Deste total 260 estudam em período integral. No tempo extra em que ficam no Centro Educacional os estudantes têm aulas de informática, xadrez, dança, entre outros tipos de oficinas.
   Chaui questionou os motivos da exclusão ser diferenciada nas diferentes regiões do país e comemorou que o "Atlas ofereça um retrato do que se passa no Brasil. Para os meios de comunicação, exclusão é pobreza, ampliando o preconceito e a ideologia da pobreza é criada pelo pensamento conservador, até como forma de atacar programas sociais".
  E para a filósofa, o "Atlas” permite trazer de volta a noção dos direitos. O conjunto dos indicadores são vinculados a um conjunto de direitos e não só sociais, mas econômicos, políticos e culturais. Os direitos passaram a ser tratados como serviços, a partir da lógica do mercado. Mas o Atlas é a revelação do que era o país, do que é hoje e o que poderá ser no futuro".
Assista a íntegra do debate realizado no CEU Jambeiro acessando o link:
A atividade foi toda transmitida ao vivo, pela internet, por meio da tevêFPA.
Fotos e filmagem: Márcio de Marco e Marcelo Vinci



 

   Edson Luis Amario
   Diretor Regional de Educação
  Diretoria Regional de Educação de Guaianases

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