Caros colegas,
Felicito-os nesse início de jornada de 2016 desejando um bom ano de trabalho e convidando-os para os desafios que se avistam no horizonte.
Nesse ano quero recordar e chamar para o nosso diálogo a obra de Miguel de Cervantes, criador do andarilho e caminhante Dom Quixote de La Mancha, em virtude da rememoração dos 400 anos de sua morte.
Cervantes foi um ótimo escritor de novelas. Novelas, que desde o mestre espanhol, são o reino da mistura entre realidade e ficção, unindo contextos reais e imaginários, e sempre ensinando que o diálogo entre os personagens e a contextualização com seu momento presente, ao mesmo tempo em que nos empolgam e nos estimulam a sonhar, produzem instantes de profunda reflexão.
O Brasil é um país de vocação criadora desta arte, por aqui o que não vira capítulo de novela não tem charme, destaque, não é assunto. Por exemplo, o atual momento político brasileiro está sendo dividido em capítulos diários de uma novela bem ruim, num enredo de vale tudo, onde muitos parecem correr em busca de sabermos quem matará Odete Roitman.
Na outra vertente do cotidiano, a verdadeira e necessária política, aquela que transforma as realidades social, econômica e cultural, tem sido trocada por personagens que mais se parecem saídos de uma outra novela com cara de “Que rei sou eu?”.Ou seja, chacota, inversão de valores, falcatruas, corrupção, bizarrice. Quer dizer, o pior da política.
Para quem, como nós, que atuamos em educação, onde a criação de novos enredos se mostra plausível e se faz urgente no cotidiano escolar, eu chamaria para a conversa, uma outra obra, que estará comemorando 500 anos de sua publicação agora em 2016. Trata-se do livro “Utopia”, de Thomas More. A palavra utopia passou a designar inúmeros sentidos. É um sonho, uma fantasia, o inalcançável, o não lugar, etc.
Porém, em educação, é na obra de Paulo Freire que arrisco encontrar o melhor sentido de utopia para dividir com vocês nesse início de ano letivo, nela a escola é o lugar da criação e concretização de utopias. A lógica freireana aponta para uma razão de ser educativa que, utopicamente, reconhece a utopia na construção da dialogia, entendendo que somos: incompletos, inconclusos, inacabados. A tarefa educacional nos espaços escolares é a de (re)elaborar e (re)construir sentidos para a vida de meninos e meninas. Quer seja: para eles, com eles, por eles.
Exemplo de uma perspectiva, num quadro de utopia possível, é a realização concreta dos Trabalhos Colaborativos de Autoria, os TCAs. Neles a política maiúscula se concretiza em esperanças que não são a do verbo esperar e que, na sua realização, vão transformando realidades e sujeitos dessas realidades. É a utopia do e no possível. É um novo enredo de uma novela que se faz com capítulos mais realísticos.
E tendo como referência esse pensamento quero chamar a atenção para as questões educacionais do âmbito municipal e pronunciar alguns capítulos que estão a acontecer:
Inicialmente é preciso lembrar-se do Plano Municipal de Educação (PME) que, uma vez aprovado, impõe 13 metas educacionais bastante desafiadoras à cidade de São Paulo. Serão 10 anos para sua consecução. Sendo que o cronômetro já disparou.
No tema Gestão Democrática, a recente promulgação da lei dos CRECEs (Conselho Regional dos Representantes de Conselhos de Escola) estabelece uma nova agenda de debates em torno da consolidação desse temário relevante. Entretanto, a gestão democrática, enquanto princípio educacional fundante da própria educação, pois, gerir democraticamente é um exercício de aprendizagem processual, não pode constituir uma espécie de sombra de indistinções sobre as responsabilidades dos agentes públicos. Não é aceitável em nome da gestão democrática se furtar aos deveres dos cargos ou funções que assumimos. Nenhuma gestão democrática pode se realizar com inibição de direitos dos educandos.
No tópico de enfrentamento às vulnerabilidades sociais teremos as propostas contidas no Projovem Urbano e nos cursos oferecidos pelo PRONATEC que se farão presentes na DRE Guaianases em polos e unidades específicas. Esses programas são fundamentais como oferta de políticas que viabilizam, num primeiro momento, inclusão social, mas objetivam oportunidades emancipatórias e visam enfrentar ao aumento daquilo que os sociólogos estão chamando de “geração nem-nem” (nem trabalham, nem estudam), ou seja, jovens que deixam a escola e os estudos formais e não encontram ocupação profissional.
Devemos, em 2016, avançar nas experiências de Educação Integral em escola de tempo integral e agora com maiores virtudes e responsabilidades, e imensos desafios, haja vista que 4 unidades escolares desta DRE aderiram ao Programa São Paulo Integral.
Nos Centros Educacionais Unificados, os CEUs, teremos a ampliação na oferta de cursos de formação por meio da rede UNICEU com a extensão do programa em mais dois polos: Lajeado e Inácio Monteiro. E no caso particular do CEU Jambeiro este ganhará equipamentos de projeção de filmes transformando o teatro numa ampla sala de cinema de última geração por meio da SP Cine.
Os momentos de encontros, arregimentados pela Supervisão Escolar, a DOT-P e outros setores da DRE confirmarão o esforço de oferta formativa da diretoria buscando assim a visibilidade dos episódios vistosos presentes nos Projetos Pedagógicos de cada unidade educacional. Ao encontro dessas iniciativas continuam a se somar, em capítulos de irrestrita dedicação, os trabalhos do Currículo Integrador e dos Indicadores, o Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa, o PNAIC, e as articulações entre os Ciclos de Alfabetização, Interdisciplinar e Autoral e a Educação de Jovens e Adultos. E em cenas conjugadas a estes dispositivos encontraremos a Educação Especial na perspectiva da educação inclusiva articulada pelo CEFAI e as reflexões propiciadas pelo NAAPA.
Um capítulo importante e que a todos chama muita a atenção é aquele denominado: recursos financeiros. O quadro econômico não se mostra favorável mesmo assim formas criativas e necessárias para a implementação dos Projetos Pedagógicos deverão ser estudadas para se viabilizarem como instrumentos de auxilio às escolas. Novas regras para uso do PDDE e estudos para desburocratizar o Adiantamento e o PTRF estarão em pauta. Aqui é aguardar as próximas cenas.
E por último, num tipo de sessão “vale a pena ver de novo” negativa, é preciso envidar esforços concentrados para colocar um fim a uma novela perigosa chamada: Aedes Aegypti.
Os capítulos anteriores são conhecidos: dengue e chikungunya. Agora, é zika. Combater o mosquito vetor dessas doenças é de extrema importância para toda a cidade e em particular a nós de Guaianases porque, infelizmente, a região aparece nos relatos de saúde pública como a 2° área com maior número de casos de dengue notificados na cidade de São Paulo. É preciso esforço e atenção de todos.
O desenrolar dessas questões aqui colocadas impõe necessários acompanhamentos, justapondo-se as concepções de que formar para acompanhar é tão fundamental quanto acompanhar se formando.
Por isso, a esses desafios, cabe a inflexão proposta numa frase conhecida de Paulo Freire, que anota que “se a educação sozinha não muda a sociedade, sem ela, tão pouco, a sociedade muda”.
Para o ano de 2016 estimo que nossas narrativas, politico-pedagógicas, escritas e expressas em planos democraticamente elaborados, esperançosos de presente e futuro, voltados à criação e realização de utopias viáveis, nos despertem para a compreensão de que problemas de aprendizagem existem para os sujeitos que não aprendem e que, na condição de ensinantes e aprendentes que somos, a nós, o não aprender se revele como um enredo que nos estimule em ótimos capítulos de desafios. Desejo que não percamos os próximos capítulos...
Bom ano de 2016,
Reunião com as equipes gestoras das Unidades Educacionais
Objetivo: Organização inicial das Unidades Educacionais e fortalecimento do Projeto Político Pedagógico;
Pauta:
Abertura
Dirigente Edson Luis Amario
Apresentando o Documento Agir II e a ações da DRE - G
Supervisora Técnica Angélica
Apresentação do Coral Pérolas da Casa do CEI Josely
Maria Cardoso Bento
Uma das propostas do Projeto Político Pedagógico do CEI Josely Maria Cardoso Bento, e muitas das iniciativas, visam momentos de integração com a comunidade, com isso nasce a ideia da professora Patricia e demais professores da Unidade Educacional formar um Coral.
Uma das propostas do Projeto Político Pedagógico do CEI Josely Maria Cardoso Bento, e muitas das iniciativas, visam momentos de integração com a comunidade, com isso nasce a ideia da professora Patricia e demais professores da Unidade Educacional formar um Coral.
A
ação educativa do Coral tem por objetivo:
1.
Suscitar-lhes atitude reflexiva enquanto individuo cidadão e quanto ao cuidar e
educar dos filhos.
2.
Fortalecer as condições que ampliem as oportunidades de inteiração escola/
família.
3.
Ajudar a desenvolver a confiança no trabalho da escola.
4.
Reduzir níveis de tensão e ansiedade da família.
5.
Incentivo para que haja papel educativo em suas casas.
6.
Potencializar condições afetivas favoráveis que facilitem o trabalho
cooperativo entre família e escola.
Diretor da Unidade Educacional Robson
Professora Patricia N. Resende
(Responsável pela formação do Coral)
(Responsável pela formação do Coral)
Orientações para organização do Calendário Escolar
Supervisora Lucimeire
Apresentação em LIBRAS - No meu coração Edi Mota
PAAI Tatiana Milanez
Profª Dra Carla Biancha Angellucci
Discussão e Atividades em grupo a partir do vídeo:
EX ET e dos seguintes temas: Documentação Pedagógica/Administrativa, Autoria/Saber, Currículo/Avaliação, Sujeitos e Inclusão.
Plenária dos temas abordados
Por equipe CEFAI DRE/Guaianases
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